Salão do Trono

Entrando pelo salão principal, você atravessa um pequeno corredor e uma escada para chegar ao Salão do Trono, onde pode-se encontrar Habela Vals, a Divina que protege todo o Céu com todo o seu poder. As paredes brancas refletem toda a luz de fora e resplandece em forma de arco-íris por dentro do salão enfeitado por safiras e hibiscos azuis. O trono é dourado e acolchoado com tecido azul cobalto. Há vários guardas protegendo o trono.

Vou-me andando até o trono da imperatriz, bem de leve, com uma rosa azul-índigo na mão. Com passos suaves pelo piso, paro até uma distância e me curvo diante da imperatriz.
—Olá, senhora. Como vai?
Após dizer tais palavras, os guardas ficam com uma cara de raiva. Percebo isso e corrijo minha fala.
—Desculpe-me. Salve a imperatriz.

—O início da conversa não importa, meu caro servo.
Cruzo minhas pernas, faço uma pausa, mas volto a falar.
—Diga-me, o que quer?

—Senhorita...
Tiro minha cartola suavemente.
—A missão foi concluída com sucesso. A igreja está liberada. Toma esta rosa.
Estendo minha mão para a direção da imperatriz e dou-lhe a rosa.

Apanho a rosa azulada da mão do anjo, aproximo ela de meu rosto e sinto seu aroma.
—Sem espinhos? Uma rosa sem espinhos precisa sempre de outra pessoa para se defender.
Coloco a rosa em meu colo e volto a falar da missão com Yohma.
—Como deve saber, a missão seria voluntária. O que um homem ganancioso como você quer, sabendo que não haveria recompensas?

Coloco novamente minha cartola.
—Não seja tão desconfiada, ó grande Imperatriz...
Percebo que Habela não estava gostando de minhas desculpas, então resolvo falar tudo.
—Não foi acidente. A queda dos fundos da igreja foi proposital. Estava desconfiado disso desde o começo. Não sou muito ligado à igreja, mas, sabes que passei metade de minha vida nesse mundo e não posso deixar algo assim passar em branco.

Ouço com atenção as palavras do anjo.
—Proposital? Isso não é bom. Guardas, vão à igreja e procurem sinais. Qualquer fio de cabelo, arranhão ou mancha devem ser considerados uma pista. Precisamos achar o culpado. Quanto à você, Yohma, está dispensado. Faça o que quiser. Ou melhor ainda, vá para o mundo humano, pode descobrir algo lá.
Termino meu discurso.

Aceito as ordens de minha superior e as pretendo cumprir. Levanto-me e me despeço.
—Sim senhora, Imperatriz.
Saio em direção à porta e busco sair do castelo.

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